Esbórnia
Sentia um gosto perverso de absinto
Embora isso pouco importasse
Tudo que estava em volta era nada
Lembro do espartilho dela
E da fumaça insistente, flutuando....
Cada flash que eu tinha, via uma parte
Inutilmente tentava tocar com as mãos
Me dei conta, quando vi os olhos, encarei
Quando vi a boca com a língua a rodeando
Fiz o mesmo e segui o piercing provocante
O gosto perverso do absinto me engolindo
E o reflexo dela sutilmente me afagando
Mas tudo que me envolvia era nada
Tudo vapor e decadência, tudo fogo
Todos os demônios nos afogando...
Afogando com lúxuria em abraços infernais
Não lembro, mas posso entender que...
Que ela se foi, isso eu entendo que não há volta
Gosto perverso de absinto, toca minha boca
Que essa fumaça nos proteja do irrelevante
E de toda loucura que vier. E que veio!!!