Pueril

Ela é tão pueril

Se joga na cama de pijama

Pula no sofá da sala

joga almofadas no chão

Se diverte como uma obrigação

Ela ler Edgar Poe

Quando as janelas se abrem

Depois que o mundo lá fora

Adormece e escurece

Brinca de ser mulher

Raspa a sobranceira

Se toca no chuveiro

Pra sentir na pele

O gosto d' agua

E o seu cheiro

Não a olhe torto

Com esse seu jeito maroto

Ela só esconde o que ela quer

O que não quer / ela mostra

Ela não tem controle sobre nada

Sabe que gosta de ser amada

Os sentimentos são como estradas

Nunca param no lugar

Agora ela dorme

De camisola pelo avesso

Não pergunte se ela o ama

Mas dê o que ela almeja

O teu mais intenso beijo

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 13/09/2019
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