LEMBRANÇA

Não é o clamor de um

tempo encantador,

nem reminiscência de um affair desvanecido,

nem são resíduos de contentamento e satisfação,

que habita em minha alma às vezes maranhosa,

de à força, ressuscitar um devaneio lindo,

isto que atormenta em mim,

num lastimoso tormento,

e que sem cessar está se repisando,

é um sim ao trazer novamente à memória imagem remota,

de alguém que nem ao menos foi minha,

de alguém que foi visão enganosa do deserto,

e foi nesta composição poética enigmática e silenciosa,

onde eu sem ver coisa alguma, entregava-me a fantasias.

Mais um amor dominado por paixão sem história.

Luiz Almeida
Enviado por Luiz Almeida em 04/12/2007
Código do texto: T764607