LEMBRANÇA
Não é o clamor de um
tempo encantador,
nem reminiscência de um affair desvanecido,
nem são resíduos de contentamento e satisfação,
que habita em minha alma às vezes maranhosa,
de à força, ressuscitar um devaneio lindo,
isto que atormenta em mim,
num lastimoso tormento,
e que sem cessar está se repisando,
é um sim ao trazer novamente à memória imagem remota,
de alguém que nem ao menos foi minha,
de alguém que foi visão enganosa do deserto,
e foi nesta composição poética enigmática e silenciosa,
onde eu sem ver coisa alguma, entregava-me a fantasias.
Mais um amor dominado por paixão sem história.