"Ainda tenho vida"
Não me calo com teu grito
o que sou
o que me consome
as frestas que sonho
não buscarei em ti
Não me abalo com teu medo
o que tenho
se me abstenho
pouco devo a ti
quase tudo herdei
e mesmo temente
ateio fogo,mordo,cerro os dentes
o que me cabe
a sede que me assola
a fome de minha entranha
não tem vínculos
não tem rastros
sangra,lacrimeja, transborda
O que de morte possuo
trago sufocada em vestes
embalada em redes
as vezes sucumbida
assanho as garras
não me detenho
germino da cinza
me abro,ainda sou vulcão.