Taças ao Chão

O requinte de um brinde, com mais requinte se paga! Ela não esqueceu o beijo, ela não usou as dúvidas, calçou as súplicas, engoliu os timbres... Espelho imenso e morto e tenso quase intenso de densas vaidades... Não se vá idade!

Ordinárias princesas, não se esqueçam das taças á mesa. De tudo que é poesia, dos meus medos e maestria.

E agora?

Fecha os olhos e dorme!

E amanhã?

Abre a alma e entorpece!

E depois?

Coloca em aguardo, não enlouquece!

A ética são os cacos que ainda não juntaram. A razão é o toque-a-toque propiciando uma tragédia. A desculpa é o sorriso quatro milímetros a mais por face. Os corpos são porcos, e as misturas puras. Tudo parado nem um raio ofusca.

Seja ou não seja, não esqueça presidente, taças a mesa. Opacas cerejas, Betty Boop please não mexa nas taças a mesa. Vasto mundo delirante em perdão. Monroe e Rita Lee espalhem mais taças no vão!

Não chora! Lá fora escutam os teus suspiros! Isso não pode haver suspeitos, e lágrimas condenam esse champanhe sem gosto, o modo indisposto com que tratas minha delinqüência inocente: um castiçal, uma janela, garrafa cheia e meio par de dentes.

Um herói regressa. O líquido ainda borbulha nas mãos de quem não sabe beber. Burbúrios malvados e batom pesado. Em breve, nada de leve para recuperar os ânimos por silêncio e sangue... Talvez precise é de mais um crime, talvez mais taças ao chão lhe anime!

Douglas Tedesco – 08/04/2008

Douglas Tedesco
Enviado por Douglas Tedesco em 09/04/2008
Reeditado em 10/07/2008
Código do texto: T938005
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