Serpentes da Mente. O Amargo da Língua.

Serpentes da Mente. O Amargo da Língua.

(Sávio Assad)

Mente, uma palavra sem rumo, onde frases ocultas revelam pensamentos descrentes.

Tão ferina, chicoteando entre mudos e surdos.

Mente, o olhar frio e sedento, que nos perfuram como arma de fogo, sem dó.

Grita impondo um respeito ferino da calúnia.

Mente, as mãos geladas que cobrem meu corpo e vulgariza minha pele, morena de sol.

Com gosto de fel sobrevive em momentos sonolento de nossa mente.

Mente, a mente serpente, que nos enreda em teias transparentes de palavras santa.

Aguçando e tecendo comentários infames e rebeldes.

Mente, quem mente sem dó, nem piedade e nos faz

voltar a razão e colocar, novamente os pés no chão.

Língua que é maior do que o corpo que a veste e menor que o raciocínio que reveste.

Língua ferina,que a todos arrebenta e destrói,

quebra-te feito ondas a beira mar,

serpenteia feito cobra, sobre o chão e me deixe passar.

Corta, sangra, agoniza e não morre, sobrevive nos porões da eternidade.

Niterói - RJ - 11/04/2008

Sávio Assad
Enviado por Sávio Assad em 12/04/2008
Código do texto: T941943