Prisioneiro do meu eu.

Prisioneiro do meu eu.

(Sávio Assad)

Sofro, nesta prisão sem fim,

um caracol de portas cerradas,

onde não há chaves, para abri-las.

Meu corpo sofre esse confinamento

e sangra minha alma de tanta tristeza,

desprezando esse amargor, da solidão.

Minha boca selada, como um túmulo,

esconde gritos de dor e desespero

contido num suspirar de vida secreta.

Meus olhos cerrados, não querem mais

ver os dias passarem, mas... estão presente,

num tilintar gigante, a badalar, cruelmente.

Meu destino já esta selado, entre grades

com imensos espinhos, que me rodeiam sem dó,

vibrando para que menos um dia eu aguente.

Niterói - RJ - 26/04/2008

Sávio Assad
Enviado por Sávio Assad em 26/04/2008
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