PARA UMA JOVEM ALMA QUE PARTIU

Em novembro, fez-se um inverno

que antes nunca se viu.

Num vento frio de primavera,

a alma dela partiu.

Hoje, eu sei

que aquela serenidade era apenas dor.

E que o sabor daquele sorriso

tinha no fundo um amargor.

Não foi possível ver,

daquela muralha,

o que havia atrás.

Ninguém ouviu o desespero

clamando por paz.

Todos almejam um motivo,

ao menos, uma explicação.

É porque eles não entendem

que sentimento não tem razão

e que uma vida cinza

matou aos poucos seu coração.

Ana Paula Scolari
Enviado por Ana Paula Scolari em 21/01/2018
Reeditado em 21/01/2018
Código do texto: T6231791
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