GRITO MUDO

Um tapa, um dia

Noutro dia, um empurrão

Ele estava nervoso... o ciúme o comia

E assim escalou a agressão

Nela, o grito mudo na garganta

Nele, o machista desumano que se agiganta

Um dia um puxão de cabelo

Depois chutes e socos, sem compaixão.

O apelo por socorro... ela não chegou a fazê-lo.

Seu corpo ele espancou

Com ácido, tirou-lhe a visão

Ao seu corpo, fogo ateou

Suas feições ele deformou

Um tiro privou-a da locomoção

Sua alma ele violentou

Ela morreu com golpes de facão

Ninguém nunca denunciou...

Sem fundo musical... contra o feminicídio!

Luna Mia
Enviado por Luna Mia em 13/03/2019
Código do texto: T6596663
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