Abstenção

De sangue quente

Alma ardente

E lâmina rente

Com corte preciso

A substância foge ao corpo

Com súbito esfriar do todo

E esquentar do metal

O ranger dos dentes

O arrepio na espinha

As nuvens que passam

Aos olhos quase opacos

Aqueles olhos

Outrora brilhantes

Vendo de relance

Não mais agora vivazes

Surge então o transe

Com a lembrança reinante

Do passado distante

Que não mais passará

Após o brilho derradeiro

De um teimoso guerreiro

Que se absteu de lutar

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