Devoto Antigo

Oh meu bondoso Deus, senhor dos céus, senhor das terras, senhor dos homens

Vide as tuas temerosas promessas

Mas por que fazeis a vida de vossos filhos um purgatório interminável

Ora, já não é suficiente a pobreza, a peste e o flagelo da fauce anímica?

Desato de tua falsa crença e de teu julgamento moral

Soberanos são aqueles que se libertam

De teu amor vazio

E de tua impiedade devocional

Me encherei da graça dos profanos

Mutilarei a criação da forma que tens me feito

Não vereis mais a luminescência da vida

Selo a minha alma... e faço de meu fim, a minha despedida!

(Entrego o meu devoto, a minha santidade e a minha pureza aos abismais reinos destruídos)

Vitor Siqueira
Enviado por Vitor Siqueira em 13/09/2019
Código do texto: T6744362
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