Relato de um suicida inconformado
Não bate o decreto em pauta,
a afirmar que um ser se degrada
na invalidez humana,
borrada para sempre
pela incapacidade de amar,
ou de ter empatia por outro ser.
É o fim.
Segue, a passos ligeiros,
pela inércia não passageira
que tomou a sociedade.
Amar outro ser, eu diria,
no mais despretensioso amor,
é resistência.
Mas se amar já não é caminho,
se o frio vence a alma,
prefiro a morte
a seguir esse mundo sem cor.