ODE DE AMOR À TERRA

áspera,arenosa, escorregadia

berço de natureza

verde,cinza

sempre viva!

Doadora de vida,

provedora vital,

receptora de seivas.

Armazenadora

de substâncias,

e sempre aqui ou

acolá mineral,

lá ou cá húmus

charco...

Minha essência misturada

à tua,

minha essência derramada

tingida e curtida

na tua fabrica natural.

Minha substância

construída em tua

sementeira.

Calorosa, gelada, fumegante

fofa, dura ou intrincada,

o que vejo e sinto

vem a mim por ti...

Bela, sensual, amiga.

lasciva, fecunda ou estéril,

miríade de formas

no teu caudal

generoso.

Suavidade e ternura

em teu substrato,

teu trato, tua essência.

Absorvendo todas

as belezas do mundo,

reconhecendo as

esplêndidas diversidades,

querer eleger e consagrar

um ponto

Desfrutar um pedaço

para sentir-se farto,

enebriar-se de tanta

fartura.

Adorar e enaltecer

perante todos,

toda Urbi et Orbe.

perante a tudo.

Sem querer latifúndio

mas, com infíma gleba,

amar, e amar,

seu pedaço

de terra...

Alkas
Enviado por Alkas em 22/04/2012
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