Rosa Branca

 
Ei-la, assim suave a rosa branca...
De uma serenidade tão franca!
No meio do orquidário, desponta,
 única e bela—mais que qualquer flor—
com suas pétalas em branda cor,
entres espinhos e folhas está pronta.
 
Pronta para ser colhida ou admirada.
Ou apenas por versos ser tocada...
Não sabe, porém, a rosa branca: sua vida
será tão efêmera quanto o dia.
Mas se eternizará na mi’a poesia
quando por terra estiver caída...
 
Ah! Rosa! Quisera ter tua brandura!
Ás vezes a mi’a alma é tão escura!
Mas ver-te assim branca e serena,
meditando nesse silêncio tão puro,
ah, rosa branca, eu lhe juro, juro:
faz-me-a grande, a alma pequena...


( Imagem: rosas brancas do quintal de minha amiga Sueli Calazans dona do AP onde morei e onde conheci a paz/ O poema eu fiz especialmente para essas lindas rosas enviadas por ela para mim anteontem)