Amiga Natureza

Impossível falar de natureza sem recordar da infância...

Bolinhas de sabão sopradas com canudo de mamão.

No chão de terra, eram feitos o papão e o triangulo

para as disputas de habilidade e pontaria no gude e na finca.

Hoje é só cimento e saudade.

Gangorra no galho da mangueira – braço quebrado.

Épicas batalhas com torrão de terra vermelha e mamonas!

Modernidade mesmo era o bodoque de forquilha de goiabeira – Infalível!

Ousadia era fumar talinho de chuchu seco.

Hoje? Só violência e esperteza.

Depois das benzedeiras, o que mais curava eram os chás milagrosos, com sabor de saudade:

Transagem, folha de limão e hortelã pimenta...

E, se a conduta desviava, logo era regulada na vara de marmelo.

Hoje em dia, é um tudo “nada pode”!

Obrigado amiga Natureza, por me criar mais forte e feliz!

Perdoe a forma estranha de retribuir... Somos apenas humanos.