Minha Terra

Que não me falte o cheiro do mato

Que a brisa do céu desça sobre mim

Que eu sinta o sabor dos dias que passo

Que a vida floresça feito jardim

Que na relva eu sempre me refaça

Que eu renasça e não veja o fim

Sorvo a vida, em meio aos matagais

Os meus pés, sentem o calor do chão

Derramo-me, em meus versos florais

Em meio às nascentes, do meu sertão

Os pássaros, são todos magistrais

Cantando juntos, a mesma canção.

Oh! Minha terra, meu chão verdeado

Frondes das árvores, flores e frutos

Meus líricos campos, enluarados

Bem perfumados, com ar impoluto

És o meu berço, meu solo sagrado.

Meu sonho encatado e meu reduto.

Versejo a vida, em campos florados

Num canto lírico, de celebração

Aspirando, ar puro e perfumado

O ar consagrado, do meu sertão

Canto de pássaros, são entoados,

Ante o meu olhar de contemplação.

Quedo-me, por entre vales e serras

Por entre as folhas, vejo o sol poente

Meu sangue, corre nas veias da terra,

Sou galho e raiz, em fragas silentes.

Disto-me, das balbúrdias e guerras

Deito, meu cerne em águas correntes.

Kainha Brito

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Kainha Brito
Enviado por Kainha Brito em 25/04/2018
Reeditado em 02/12/2023
Código do texto: T6318344
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