CHUVAS TROPICAIS

REPUBLICAÇÃO

Não há de haver coisa mais linda

Que a beleza das chuvas tropicais

Esta torrente de águas alvas, infinda

Bailando nas asas do vento, nos beirais

Se eu pudesse beber todas suas gotas

Que rolam dos seus telhados celestiais

Quem sabe não teria a alma menos rota

Livre e adornada de inocências e pardais

O senhor do céu fala comigo pelas águas

Ao lavar meus pecados e meus borrões

Que belo presente, que dádiva me dais!

Assim sigo andando na chuva, ensopado

Um ser recém-saído do útero da vida

Voltando mais leve dos velhos umbrais!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 20/07/2018
Reeditado em 23/01/2024
Código do texto: T6395303
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