Entre Lama e Chama
Fadado estamos a repetir a ação
E se mudam os tempos
Os momentos
Os lugares
Mas não se muda a fatalidade
Da destruição
Lembranças de tragédias
Desgostos
Desavenças
O aperto na alma
Das dores de uma população
Na lama de Mariana deixaram-se vidas
Na lama de Mariana
Restou a solidão
Na lama de Mariana
A angustia aperta o coração
Nas chamas do Pantanal deixaram-se vidas
Nas chamas do Pantanal
Restou a solidão
Nas chamas do Pantanal
A angustia aperta o coração
Nas mãos do homem
Veio a dor
Nas mãos do homem
Veio a destruição
Nas mãos do homem
Veio a tristeza
No grito das almas
No grito das vidas
O grito mudo dessa chacina
Ninguém ouviu
A lamentação
E os sons continuam
Repetindo-se o caos
Mudando a forma e a ação
Deixando porem o rastro
De destruição
Mariana e Pantanal
Choram em leitos desiguais
De mesmas catástrofes
Das mãos de humanos
Para com humanos
Para com animais