Entre Lama e Chama

Fadado estamos a repetir a ação

E se mudam os tempos

Os momentos

Os lugares

Mas não se muda a fatalidade

Da destruição

Lembranças de tragédias

Desgostos

Desavenças

O aperto na alma

Das dores de uma população

Na lama de Mariana deixaram-se vidas

Na lama de Mariana

Restou a solidão

Na lama de Mariana

A angustia aperta o coração

Nas chamas do Pantanal deixaram-se vidas

Nas chamas do Pantanal

Restou a solidão

Nas chamas do Pantanal

A angustia aperta o coração

Nas mãos do homem

Veio a dor

Nas mãos do homem

Veio a destruição

Nas mãos do homem

Veio a tristeza

No grito das almas

No grito das vidas

O grito mudo dessa chacina

Ninguém ouviu

A lamentação

E os sons continuam

Repetindo-se o caos

Mudando a forma e a ação

Deixando porem o rastro

De destruição

Mariana e Pantanal

Choram em leitos desiguais

De mesmas catástrofes

Das mãos de humanos

Para com humanos

Para com animais

Maicon Lopes
Enviado por Maicon Lopes em 19/09/2020
Reeditado em 19/09/2020
Código do texto: T7067328
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