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À Beira do Rio Doce

 

Fiz meu Tapiri à beira do Rio Doce.

Armei a rede de cipó Tuíra na varanda

Os pássaros à tardinha aninhavam para dormir;

Os tucanos nas árvores, alegres ainda cantavam

A tarde se despedia leve, tal a semente da Samaúma

 

A noite anunciou o luar, em mansuetude.

No silêncio da infinita paz do Divino amor

Adormeci, escutando o grito dos Guaribas

O vento balançava as folhas da Castanheira

E as varandas da rede do robusto cipó, Tuíra

 

Manhã, despertei sob os formosos raios da aurora 

Peguei a canoa de Itauba, e alegre, remei, remei...

Para ver o sol nascer, tingindo os Ipês, em tom carmim

Clareando as roseiras, orvalhadas pelo sereno,

Tecendo um arrebol de infinita grandeza.

 

Adentrei o Igapó, sentindo o fulgor da mata submersa,

Me encantei com o cantar em sinfonia de belos passarinhos:

Os bem-te-vis, Uirapurus, Sabiás, Canários e Tucanos ...

Refleti sobre a magia da floresta, sublime inspiração

Da natureza esplendorosa criação, arco-íris da vida,

Por esse zelo, consagrada és, Amazônia, do solo amado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Antonio de Albuquerque
Enviado por Antonio de Albuquerque em 28/11/2021
Reeditado em 03/12/2021
Código do texto: T7395674
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