O CORVO E O DORSO
Múltiplos cadáveres se ampliam no cais
Profundeza ornamental e senso comum
Maldizentes do mundo, rasgando a face
Luxúria dos homens é presa do demônio
Um pássaro anuncia a trilha do suspense
Vitórias, derrotas não são mais inimigas
O médico pede cura ao paciente no leito
Transformação filosófica, perda da razão
O farol não mais ofusca o brilho cansado
As velas choram suas lágrimas cortantes
A força corpulenta atira-se na ociosidade
Beleza sediciosa é trancafiada na censura
Olhares sorumbáticos no rio Nilo amanhã
O berço da civilização manchado, sangue
A paz eterna, jactância, dialética do povo