PARTIDAS
Quando um poeta parte,
a mão fica triste, um olho
sangra e a poesia estanca.
O poeta é feito da essência
das folhas amareladas.
Sua alma é arisca, confusa
é a calma que lhe faz dormir.
O poeta arrisca existir, mesmo
sabendo que a dor é intensa,
e que amar é imenso...
Por isso, eu sopro as brasas
de um corpo de texto.
Recolho as asas de um colibri
sem sorte, e desisto...
Eu desisto da morte!
LuciAne 21/09/2008