71- Fuga.
Delusórios passos ecoam no vago da passagem,
De passagem não os meus, que em nada passaram,
Nem pegada deixou em cimento fresco de calçada.
Deleitando-se de pequenos prazeres, maléficos (maiores do que o suporte)
...
Que espera da falsa redenção?
Profetisa o fim do falso profeta.
Faz valer-se de dito popular (mas valia?)
Pássaro canta piadas...
...
Das palavras de um dia, sobra apenas rebotalho,
Penas e desculpas, frágeis elos, revestidos por promessas,
Mas há de ser, há de ser, fácil.
...
Ecoam os passos, marcados e pesados,
Dum amor refratário,
Malgrado o maldizer, magnífico enlaçado no dia de amanhã e nele há sempre haver. (Fuga).