Remando ao rio acima

Subo no bote e rumo ao horizonte

Deixo a montanha de pedras

O passado foi esquecido

Não há motivo para lembrar

Apenas o futuro a conquistar

Se houver lágrimas

Elas servirão a regar o mar

Ajudar a completá-lo

Mas esquecidas também serão

Ficarão para trás

Não haverá espaço ao arrependimento

Nem motivo ao tormento

Tão pouco tempo ou lamento

A dúvida encoberta será

Pela certeza plena e insensível

Levarei no meu bolso

Um punhado de terra

Só por levar

Não para pensar

Muito menos para sonhar...