Carpe Diem

Fui testemunha de muitas palavras

Algumas tão doces, outras tão amargas

Já fui depositário de ódios e mágoas

Alvo móvel de culpas e pragas

Sem saber por que tanto isso

Tanto ressentimento, sem compromisso

Tornei-me descrente, desde o início

Estive carente, inseguro e omisso.

Mas veio a recusa em fazer tal papel

Veio a vontade de não ser cruel

A luz que me guia, clara como o céu

E a sorrir, das maldades afastar o véu...

Sorri, continuei sorrindo e amando

A vida, o mundo, e segui andando

Mesmo que ódios continuassem brotando

É aos infelizes que ele está enganando.

E felizes os que entendem a dor

Dos que bóiam na poça do desamor

Entendem que a eles já basta o torpor

De não ser, não sorrir, perder o calor

Ao tornar-me apartado de tudo que é mau

E ter outra energia, ver um mundo ideal

Em sentir bem da vida, o doce e o sal

Senti o raro prazer de um dia normal.

Parabéns a quem fez essa travessia

Imperfeitos somos todos, mas há quem sorria

E aprenda com os erros, não com a apatia

Fazendo valer o conselho: Aproveite o dia!