A gaivota meta-poema de papel

Esbocei minha inspiração num papel

Dobrei-o numa gaivota para cortar o céu

Mas é papel, tem asas fixas, voa curto sentimento

então depende do leitor, do seu vento...

para não cair do solo estéril do esquecimento

Então sopres leitora alma, para ela voar

Minha gaivota aos deuses, quer tocar

Depois descerá, tocará outros leitores

Trazendo pétalas das longínquas flores

para recriar nossos amores...

Mas quando minha gaivota esmaecer no chão

que alguém faça outra, dobre em papel sua inspiração

Assim darei meu vento, deuses ela tocará

e vai descer para meu amor recriar

então farei nova gaivota, para o céu cortar!