SONHOS DE VIDRO*

Nada é aço por ser momento

E o silêncio foge inevitável

Frestas, gavetas, gaivotas.

Somos feitos de notas imperfeitas.

Nada é aço por ser verdade

O amor é esparso por espaços

Cantos de sereia, castelos de areia.

E num sopro... o sonho é de vidro.

E nada é aço por ser eterno.

O papel leva recados, mas a tinta

um dia termina...

E o tempo é o perito que examina.

E o ácido dilui palavras doces,

como se não se importasse

com o que a boca pedisse

e os olhos implorassem.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 01/10/2009
Reeditado em 01/10/2009
Código do texto: T1841726
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