Na Balada
Na balada da noite as pessoas
Entregam-se a suas prevaricações
Cada ser oculto se prepara para tirar
Proveito do que pode ser ou não pode ser
Homens e mulheres
Que chegam sempre sorrateiros
Querendo espantar-me.
Na noite o tempo,
Nas ruas da cidade,
As pessoas simplesmente passam dormindo.
Onde mora as estrelas?
Meus valores, os seus valores!
Onde moras?
Desfilam na penumbra-sombra
as loucuras e extravagâncias
da vida noturna.
Cidade és...
Querendo fundir-me
À alma que me faz teu filho!
Cidade que a cada hora
No compasso do tempo
Das frias madrugadas sozinho.
Com a dor de te amar,
Fica tu comigo, mulher Mirabolante
Que vagueia na noite oculta do tempo.
De por assim te querer
Perto na balada, na calada
Do teu colo.
02-03-2006