BRUMA DE NATA*
O dia vem branco,
bruma de nata.
Na calçada, escolho
uma folha ainda viva
ainda verde
ainda forte
ainda virgem
Seguras,nas mãos brancas,
as linhas do destino
Por instinto, sopro e fecho
abro e deixo ir...
Um dia branco, feito noiva
no altar.
Dia de pensar sem pressa.
No peito, escolho um poema
algum ainda verde
ainda que maduro
ainda que inseguro
ainda sem meu sopro
O dia vem branco:
poeira de rosa que Deus
mandou pra cobrir de prosa
um dedinho de esperança.
by Luciane