BRUMA DE NATA*

O dia vem branco,

bruma de nata.

Na calçada, escolho

uma folha ainda viva

ainda verde

ainda forte

ainda virgem

Seguras,nas mãos brancas,

as linhas do destino

Por instinto, sopro e fecho

abro e deixo ir...

Um dia branco, feito noiva

no altar.

Dia de pensar sem pressa.

No peito, escolho um poema

algum ainda verde

ainda que maduro

ainda que inseguro

ainda sem meu sopro

O dia vem branco:

poeira de rosa que Deus

mandou pra cobrir de prosa

um dedinho de esperança.

by Luciane

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 15/10/2010
Código do texto: T2557792
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