REFLEXÃO
É doce a menina que me olha do espelho,
Verdes olhos vistos ao sol.
É-terna a mulher que se mira,
Com castanhos profundos de entardecer.
Os verdes faíscam,
Brilham vida, alvorecer...
Nos outros, estranho lume,
Veias imersas, flamejantes,
Oceano a derramar.
A menina não vê as lágrimas,
Não sabe, nem adivinha,
Só enxerga o seu sonhar.
Mas a mulher vê a menina
Sonhos, beleza infinda...
Um só ver, sem tocar.
Os corações batem, descompassam,
A dor oprime e pergunta: por que?
E a menina continua lá
Mas só a mulher consegue ver