"SEM TÍTULO"

Olho atrás das sombras na busca do meu sorriso.

Florescem espinhos nas pétalas do caminho.

Em cada tecla vejo o passar dos ponteiros, num vai e vem de andares alheios.

Qual porta se abrirá aos olhares do destino.

Qual sombra revelará o andar de teu suspiro.

Meus passos estão ao desdém da brisa do orvalho

Seguindo a lua por teu quintal.

Olho em minha volta sem ver o que está, desejando tocar o céu sem tentar.

Estou perdido sem estar, no abrir e fechar de teu olhar.

Encontrei uma flor no espelho do infinito,

colorindo um sorriso nos olhos de um mosquito.

No dia em que vi ao mundo com inocência,

Descobri que os sentidos são as vespas na espreita.

Na busca de meu horizonte fui ao encontro do ar sem íris.

Manhã verde as sete e onze.

Quem proclamará por minha vida no abismo do de teu olhar.

Quem arriscará dar o passo sobre as sombras do meu pensar.

Não importa as voltas que meu destino dê.

Atrás daquela porta, junto aos ponteiros do destino,

sem olhar meu troco e nem trocar de roupas

Você estará.

Por que o espelho apenas revelará o funesto de meu reflexo,

sem nexo e nem contexto

da morte avariada de minha essência.

P.S.: Aceito títulos para tais palavras.

Fabs
Enviado por Fabs em 16/11/2006
Código do texto: T293214