Minha loucura

Em meu mundo um constante delírio

alienação mental, um golpe fatal

na extravagância de achar o que é certo impuro

situei a vaidade do intelecto, no cume do muro.

Ao perder o uso da razão corrompida

dissipei ideias índigo, onde o rubro é matéria da vida.

tudo é possível e se pode alcançar, coisa demente não posso negar.

a loucura um estado crítico da inteligência

apaga o conceito da verdade, eliminando sua evidência

e nessa esfera sombria de conteúdo indigesto

declaro meu desvio mórbido em um simples manifesto.

E nessa baliza entre o correto e o anormal

minha esfera, meu mundo , um eterno bagual.

no relato dessa terra, a história o faz digno

que seria do todo sem o louco maligno

Aflora então um desafio perverso

pergunte ao normal o que é universo.

ele não imagina, mas sabe que leu

diz autor e editora e até o museu.

Ao indagar ao louco qual seu limite

ligou o circuito, pura dinamite

não existe fronteira na imaginação

sua mente revela uma constelação.

marquesK
Enviado por marquesK em 04/07/2005
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