Minha loucura
Em meu mundo um constante delírio
alienação mental, um golpe fatal
na extravagância de achar o que é certo impuro
situei a vaidade do intelecto, no cume do muro.
Ao perder o uso da razão corrompida
dissipei ideias índigo, onde o rubro é matéria da vida.
tudo é possível e se pode alcançar, coisa demente não posso negar.
a loucura um estado crítico da inteligência
apaga o conceito da verdade, eliminando sua evidência
e nessa esfera sombria de conteúdo indigesto
declaro meu desvio mórbido em um simples manifesto.
E nessa baliza entre o correto e o anormal
minha esfera, meu mundo , um eterno bagual.
no relato dessa terra, a história o faz digno
que seria do todo sem o louco maligno
Aflora então um desafio perverso
pergunte ao normal o que é universo.
ele não imagina, mas sabe que leu
diz autor e editora e até o museu.
Ao indagar ao louco qual seu limite
ligou o circuito, pura dinamite
não existe fronteira na imaginação
sua mente revela uma constelação.