Contra o preconceito aos que pensam por conta própria (crítica ao academicismo)
Dizem que sou fraca, que não tenho ideias consistentes
Que preciso me atrelar a "correntes"
Para defender o meu pensamento
É preciso saber a citação
E continuar a "perpétua reprodução"
E eu me pergunto: "Para que é que eu penso, então?"
Se penso, logo insisto
E de me expressar, eu não desisto
Tenho direito de ser quem sou
De rejeitar o que não me serve
Afinal de contas, quem nunca se perguntou
A respeito do que é a vida
A respeito do que é a morte
A respeito do que é a lida
A respeito do que é a sorte...
A ciência nasce do senso comum
Do experimento, da descoberta, da observação
Por issso eu não alimento preconceito algum
E também não faço distinção
O mais importante em nossa jornada
É entender que o tempo é vida
Que o amor tudo ensina
E que estamos na mesma caminhada
Doutores, mestres, especialistas,
Agricultores, mendigos, diaristas,
Idosos, adultos, jovens e crianças:
Todos são elos da mesma corrente
E compartilham a mesma herança
Mas é tão complicado falar de igualdade
Num mundo onde reina discriminação e vaidade
Digo no sentigo profundo, de equidade
Falo de nossa essência, de humanidade
A cada dia, aprendo mais
Pois o que se vive, não se desfaz
Minha grande mestra é a natureza
Nossa fonte de vida e de riqueza
Então olho para o céu
Tentando contemplar a imensidão
Mas percebo um arranha-céu
Que atrapalha a minha visão
Olho para o chão
E sinto a força da terra
Que quebra o calçadão
Mostra o poder da regeneração
Numa frágil plantinha que tudo supera
Que linda cena,
Perceber um matinho nascer numa calçada!
Mas nem todos querem enxergar, é uma pena,
Sofrem de "cegueira espiritual avançada"!
Contemplando as obras do Divino Criador
Vejo em cada criatura a marca do seu amor
Mas vejo que o homem, por sua cobiça e vaidade,
Alimenta o ódio, a descrença, a mentira e a maldade
Relativiza o que é sagrado
Relativiza os nobres valores
Nega esperança ao desesperado
E age a favor dos opressores
Dogmatiza a ciência
Desconsidera a religião
Restringe os seres a cobaias de experiências
Tolos homens, não percebem que geram a própria destruição
Há quem se diga um(a) intelectual
Mas há mais mérito em um animal irracional
Do que em alguém que "se acha o(a) tal"
E nega que há algo supremo e imortal
Para pessoas limitadas
E de pensamento restrito
Não sou mais que uma "adaptada"
Uma alienada num mundo de conflitos
Mas Deus sabe quem sou
E a crença Nele expande meu pensamento
Jesus disse: "EU SOU"
A fé é o meu alimento
Não me preocupo com o mundo
Erguido pela cobiça humana
Deus é meu tudo
Minha promessa, minha esperança
Aos que vivem oprimidos
Pelo desamor de seus irmãos
Deus oferece abrigo
E Jesus mostra a solução
Ele nos salva de nossos erros
Pois age diretamente no coração
E o que era pesadelo
Se transforma em libertação
Nos oferece a verdadeira paz
A que nos torna irmãs e irmãos
A que é fruto da justiça, do amor e da verdade
Quem segue seus ensinamentos, ganha a sua amizade
E não confunde a paz com covardia, injustiça ou omissão
Por isso, tenho o direito de dizer:
É a Deus que pertence o meu viver
Pois sei que a Ele posso recorrer
Sei que Jesus é a verdadeira religião
E que religião não é ópio, nem alienação