Morte e Vida

A noite já vai pela metade

E a Morte cavalga seu negro corcel

Traz consigo uma taça de fel

E a foice para ceifar a felicidade.

Seu galope é inaudível nas terrenas plagas

Mas seus golpes são, nas humanas almas, duros;

A negra figura degola os sonhos futuros

E brandindo a foice bebe o sangue das chagas.

Este arauto do Inferno, tal a Eternidade, é perene

E assombra quem está na vida só de passagem,

Porém, há que se resignar, pois esta viagem

Todos a farão de forma in ou solene.

Não aceitá-la é fazer a Existência sofrida

E, se próxima, não chorá-la é saber-se de fútil Vida.

Cícero – 01-08-02

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 16/08/2012
Código do texto: T3833976
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