Retorno Ao Rio

E lá vamos nós novamente, visitar a margem do escuro

Do Rio Profundo, que me toma a cada vez.....

Eu não queria, mas me chama sua voz e laços e braços e correntes

Frias, como sempre, ressecam meu licor de fé

Eu percebi que tinha criado ilusões, sei que não poderia

Senti aquele golpe....

Mas cá estavam minhas mãos encharcadas de esperanças de novo!

E aquelas imagens grudentas de sorrisos e beijos

Nossa, puras e gostosas e transparentes ILUSÕES!

Como posso ser tão idiota a pensar que poderia ter algo?

Como posso ser tão burro a pensar que tenho aquilo?

kkkkkkkkk, tem que rir mesmo

Olhe novamente para a árvore amarelada que você é!

Nunca é sempre fácil estar só, sim, não é

But, get used to it!

Ainda não superou essa dor?

Estar sempre nem é ser tão só assim

Ainda tem pessoas que vêem-me, eu sei

Nossa, como podem não me ver?

Ou me vêem de outra forma?

Será que vêem meu interior e meus valores, os poucos que tenho?

Eu disse que tenho valores?

Até tenho mas nem são importantes.....

O que importa é aquilo, e eu não tenho

Nem vestígios, nem faíscas, nem rastros....

Não tenho e por isso não quero ser visto

Não posso ser visto

E esconder meu rosto já é necessário para que a dor não transborde

E eu, precipitadamente, venha a ter lágrimas.

Wess Thorns
Enviado por Wess Thorns em 29/12/2012
Código do texto: T4057974
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