Relativismos da vida (Pseudogmas)

Nem tudo está perdido

A poesia vive ainda.

Nem todo sonho deve ser esquecido

E nem sempre a realidade é bem vinda.

Nem todas as palavras falam

E nem que seja ódio, algo todo coração sente.

Nem todas as bocas se calam

E nem todo brilho é reluzente.

Nem todo caminho tem objetivo

Mas todos têm sinuosidades.

Nem tudo se guarda num arquivo

Mas no coração há tristezas e felicidades.

Nem toda verdade é absoluta

E nem toda mentira é real.

Não se vence nunca toda luta

E nem o amor é sempre sensacional.

Nem todas as aves têm lindo canto

E nem todo espinho tem veneno.

Mas todo olhar tem algum encanto

Mesmo que não seja sereno.

Nem toda lágrima é triste

Nem todo sorriso é feliz.

Nem todo bruto resiste

Quando do amor se diz.

Mas quando da vida se fala

E se pergunta: - Vais ou vens de onde?

Todo mundo se cala

Todo mundo se esconde.

Cícero – 05-10-94

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 15/10/2013
Código do texto: T4526984
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