estou sozinho ( divagações )

Lá fora...

Chove e faz frio.

Estou preso em meio a transito.

Em um ônibus coletivo.

Estou sozinho.

Ninguém nota minha presença.

Eu escrevo e penso, na chuva lá fora.

Que de repente, se transforma em temporal.

Trazendo junto, chuvas e granizos.

O motorista estaciona e aguarda.

Que a chuva se torne mais amena.

Para que ele possa continuar.

Eu alheio a tudo que se passa.

Não noto que pessoas aflitas.

Pedem ao motorista para seguir.

Eu continuo a escrever, e não sinto.

Que ao meu lado tem alguém sentado.

E que tenta me dizer algo.

Eu não escuto, ainda divago, e escrevo.

Sobre o papel em minhas mãos.

Papel que de repente, torna-se branco.

Nada havia escrito nele, acordei.

Estava sozinho no coletivo.

E, que chegara ao fim da viagem.

Todos os passageiros já haviam partido.

Enquanto eu dormia ao som da chuva!

Volnei R. Braga