Com reticências ...
Com reticências ...
(Sávio Assad)
Nunca havia pensado na solidão,
Este labirinto, sem fim, marcado
Por enormes crateras vazias
Ao meu redor.
Sinto o arrepio da minha alma,
Marcar os meus passos lentos
E perigosos, a dilacerar o pouco
Que restou de mim.
Com a garganta ainda seca,
Seco minhas lágrimas nesta
Estrada esburacada e sem
Rumo certo.
Sigo caminhando, talvez,
Mais lentamente, talvez,
Com mais cautela, mas...
Ainda sem rumo.
Niterói, 05/05/2014