A cabeça sobre o travesseiro

Sim, percebo o quanto o tempo passa depressa,

que tudo nesta vida é passageiro,

que de nada adianta fazer juras ou promessas,

ou acumular riquezas, apegar-se ao dinheiro.

Nada conhecemos sobre o que julgamos ser,

nem tampouco sabemos ao certo o que é a verdade;

a única certeza é a de que um dia todos vamos morrer

e de que não é eterna a tal da felicidade.

Sim, percebo o quanto o tempo passa depressa;

saímos um dia à procura de aventuras, de alegria,

você nota que tudo estava bem ali, quando regressa,

mas você não é o mesmo, nem tampouco tem a mesma energia.

Nada conhecemos sobre o que julgamos ser,

vamos aprendendo, pouco a pouco, com o passar dos dias

e talvez tudo o que hoje você conseguiu ter,

não é bem aquilo que até ontem você queria.

Sim, percebo o quanto o tempo passa depressa

e que tudo nesta vida é passageiro.

A vida começa, flui, termina e recomeça

quando, à noite, enfim, coloco

a cabeça sobre o travesseiro.

Renato Curse 20 de junho de 2.012