Moldura Semântica
Guardados na forma
Como se movimenta o vento,
No silêncio
Das coisas luminosas
E na inação reflexiva
Dos objetos inanimados,
Enfim, de alguma forma
E por alguma via,
Estão os sentimentos
A coagirem o nada
A estipularem semânticas
A vencerem a barreira do insignificante
Tal como paralemente agem as cores
E os barulhos complexos
Antes tão inacessíveis
Agora, por um estado mental inercial
Falam a mim que o mundo
Ganhou sentido, pois alguém existe
A confabular a estrutura do que se percebe
Desinteressadamente, e que, claramente,
Apoderou-se até de meu pensamento
Pois, de certa forma
Indireta, volitivamente
E direta, efetivamente
Controla hoje minha mente...