Moldura Semântica

Guardados na forma

Como se movimenta o vento,

No silêncio

Das coisas luminosas

E na inação reflexiva

Dos objetos inanimados,

Enfim, de alguma forma

E por alguma via,

Estão os sentimentos

A coagirem o nada

A estipularem semânticas

A vencerem a barreira do insignificante

Tal como paralemente agem as cores

E os barulhos complexos

Antes tão inacessíveis

Agora, por um estado mental inercial

Falam a mim que o mundo

Ganhou sentido, pois alguém existe

A confabular a estrutura do que se percebe

Desinteressadamente, e que, claramente,

Apoderou-se até de meu pensamento

Pois, de certa forma

Indireta, volitivamente

E direta, efetivamente

Controla hoje minha mente...

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 02/10/2005
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