Morri de verdades

Certamente

as mentiras

têm um afago

leve

A verdade

sempre solitária

canta

seu próprio luto

quem chorará

com ela?

os muros da cidade?

ou as lápides

frias que cobrem

seu sorriso?

À tez da minha

força

deixo intercaladas

as poucas

palavras

que já não falo

guardo

das coisas poucas

no chão

uns versos

coisas breves

espalhadas

sem importância

Perderam-se

o encanto

vagam

perdidas

no tempo

morreram

pelo encanto

que tinham

morreram

ocultas

pelas mentiras

e morreram

pela magestosa

beleza

do simples

ser

e dos muitos

que morrem

de mentiras

eu Morri...

Morri de verdades

***

22/03/2018

Rose Sousa
Enviado por Rose Sousa em 23/03/2018
Reeditado em 23/03/2018
Código do texto: T6288119
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