Escrita

“Escrevo para não morrer engasgada

Submersa, tulmulto profano

De palavra seca

Na garganta entala e fecha

Escrevo para não ficar louca

De tanto pensar dissolve imersa

De tanto abafar o grito insano

O desdém que ocupa toda fresta

Escrevo para não ficar sozinha

No meio de tudo nada tenho

Não trouxe comigo nada em troca

Fechada ou aberta

Nem de longe presta

Nas linhas me vou de não sei onde

Já não tem volta e nem inicio

Partindo sempre do novo

Buraco de pre ci pí cio “

Raíssa Vasconcelos

Raíssa
Enviado por Raíssa em 23/05/2018
Código do texto: T6344039
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