Escrita
“Escrevo para não morrer engasgada
Submersa, tulmulto profano
De palavra seca
Na garganta entala e fecha
Escrevo para não ficar louca
De tanto pensar dissolve imersa
De tanto abafar o grito insano
O desdém que ocupa toda fresta
Escrevo para não ficar sozinha
No meio de tudo nada tenho
Não trouxe comigo nada em troca
Fechada ou aberta
Nem de longe presta
Nas linhas me vou de não sei onde
Já não tem volta e nem inicio
Partindo sempre do novo
Buraco de pre ci pí cio “
Raíssa Vasconcelos