Febre
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No alto da pira
dos meus entulhos
não concebo
nem sei do tempo
como tal
não o contemplo.
Sei não haver quimera
que me alcance!
Só chega até mim
uma bactéria...
coisa ínfima
mas tão prendada.
Nada de lamentos,
de resto,
até que nem padeço
mas, enfim, já cabe
tudo o que eu sou
num único verso.
Nada fácil ou minimal
mas nada que pese
nem mesmo, na alma.
Não a senti suspirar,
não se lastima!
É só febre num poema
que, enfim, até rima!
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_______________LuMe