Entre dois extremos

É não tentar decifrar o amanhã,

rolando junto com os dados,

nas mãos dos Deuses, refém, um afã.

Num perfeito caos, no olho do furacão.

A cada passo, cada ato, uma dúvida.

Em não tentar, sorrir, aceitar...

insatisfeito, como um rei sem súditos;

A mente um abrigo, como uma jaula a enlaçar.

Oníricas representações, como pensado por

muitos, num mundo melhor: Donde Están?

Em teu umbigo o centro do universo,

atraído como um imã, em órbita.

Na maior parte do tempo, aparte;

uma parte, duas metades.

Sem querer, sem pensar, quero

na parte, da outra metade,

tu inteira, um artifício, minha arte.

Zé Maia
Enviado por Zé Maia em 10/08/2018
Código do texto: T6415255
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