TRISTEZA DO CÉU

Nos bancos frios da praça,

Ao luar da madrugada,

Repousam os desvalidos,

Dormem o sono da desgraça.

Não há ali esperança.

Jovem, idoso ou criança,

Todos são vagabundos e

Bailam a mesma dança.

Cambaleia no embalo silente,

Em ébrias lucubrações,

Um caminhante notívago,

Em meio a tristes visões.

Pensa na sua alma e sente saudades do sol.

Ao ver a lua escorrer suave nos arvoredos,

Recorda os amores perdidos,

Suas dores e seus medos.

Olha pro alto e proclama:

Tu, com esse brilho e leveza,

É claro que não me enganas,

Do céu és maior tristeza.

Regi Pacheco
Enviado por Regi Pacheco em 21/09/2018
Código do texto: T6455739
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