Dança com os ventos.
Sibilava com as cobras
Acompanha os ritmos misteriosos
e soturnos do destino.

E, o pandeiro marcava-lhe 
o gingado de cigana pródiga.
Ditosa em suas cartas.
Ditosa em suas palavras
que saiam da boca
em forma de sedução e malícia.

Sua risada ao longe 
parecia ser prazer contido e incontido.
Prazer em ser mulher.
Prazer em reluzir no escuro



E diante da noite
desafiar as estrelas
para bailar no encanto cigano
os quadris deleitosos
de quem se deixa levar por melodias.

Por promessas vãs.
Por regalos e mimos.
Pela expectante plateia.

Que via em Esmeralda
a joia rara e profusa
no rodar da saia.

E nos pés desnudos
capazes de subjugar o mundo
com sua alma liberta.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 27/10/2018
Código do texto: T6487918
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