INTROSPECÇÃO

Posso ser a peça

Que você ilustrou

Porém o esboço

Que a tática revela

Pode ser o oposto

De tudo que sou

O inverso daquilo

Que o olho desvela

O defeito?

Pode está na tela, na tinta,

Na arte final presente...

Ou, como diz o poeta,

Na tua mente que mente

Pode, contudo,

Nem haver defeito

Mas uma visão resultante

Do ângulo que mostra o feito

Ou quem sabe, de repente,

O tom nem está no pincel

Mas na projeção da mente

Que como a nuvem do céu

Traça o que você sente.

Você pode:

Admirar, desprezar, diminuir...

Contudo, a você não cabe

Resolver me concluir

Pois sou arte interminável

Disposta a evoluir.

Cláudia Rosa

Cláudia Rosa
Enviado por Cláudia Rosa em 15/11/2018
Reeditado em 30/03/2023
Código do texto: T6503565
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