Das profundezas do ser

O Homem é o acúmulo de suas neuroses

A hipérbole de seus primeiros traumas

O se atormentado por consciências atrozes

A extinção dos prazeres instintivos da própria fauna

O Homem é antena que capta os pensamentos

De quem morre, de quem sofre antes do suspiro final

Há uns que são perfeitas antenas dos sentimentos

Estes se anestesiam, o transe torna-se banal

Traumas, instintos, sinestesias e inconsciente

A razão não existe no Homem em movimento

O mais lúcido é por vezes um demente

Sorte ou azar são poderes titânicos do pensamento

Da morte só temos ecos, ecos distantes

A matemática é canção de notas dissonantes

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 11/04/2019
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