Aos que como eu, superaram às estatísticas (25 Anos)

Nesse país onde a violência impera e os recordes alcançados não nos trazem benefícios,

Onde as passarelas são aquarelas de sangue, onde é o álcool é a droga que mais mata

E se mata gente como se mata baratas,

Sobreviver, quer dizer, subsistir, é mais que uma tarefa árdua,

É como ser Spartacus: todos os dias uma batalha.

Nesse país onde os filhos vão bem antes que seus pais,

Onde as estatísticas são responsáveis por contarem suas histórias

Na maioria das vezes inglórias,

Chegar aos 25 anos de idade é coisa rara.

Há quem pense que o que digo não faz sentido,

E eu juro que queria que não fizesse mesmo,

Mas infelizmente, é real.

Esse monstro conhecido como violência existe e mata a esmo!

Mata nos palácios, mata nos becos, vielas, favelas.

Mata no trânsito.