A CHUVA E A JANELA

Mais uma vez chove lá fora

São dias de outroras

Os pingos em formas de gotas marotas

Escorrem e molham a boca

Que foi dona de seus beijos

Com o beijo vem a saudades

Tempos atrás, eras minha.

Meu coração se desfaz

Não em tristezas, em alegrias

Por simples utopia

Pelas lembranças que vem e vão

Como as chuvas de verão

Banhava vc de puro amor

Momentos da sonhada quimera

Que eu era

Olhando o passado

Deixo de lado o presente

Hoje vidas diferentes

Sonhos inocentes

Éramos apenas adolescentes

Hoje estou ciente

A chuva é um pequeno pretexto

Para lembrar

Recordar

Refazer

O grande amor que dediquei

Muitas vezes chorei

Pingos de lágrimas

Misturam aos pingos da chuva,

Que cai lentamente

Para dar tempo de construir castelos

Sobre meu outorgar

Torno público nosso amor

Que lava pensamentos

Mentes

Corpos

Dando vida a felicidade

Desfrutada ao seu lado

Não peço que volte

Apenas molde

Dentro de vc

Esse meu amor

Ilusionario

Imaginário

Dos dias de chuvas

Abraçados

Enamorados

Lábios beijados

Eternizados nesse dia,

Sobre a chuva e a janela.

Ledemir Bertagnoli

Poeta Paulista
Enviado por Poeta Paulista em 18/12/2019
Reeditado em 19/12/2019
Código do texto: T6821575
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