Sem sentido, como o mundo (reedição)

Calado fiquei, quando o pensamento chegou,

E no direito de "ser humano", o que há comigo?

Quem verdadeiramente sou?

O que em mim está corrompido?

Em um mundo que tudo se tornou breve,

Implorarei que furem os meus olhos?

Quem tem coragem, quem se atreve?

Os lugares escondidos, minh'alma conhece,

Então, na dúvida, para onde fugir?

De cegueira e surdez, minh'alma padece,

Então, como desta situação irei sair?

Ele e o Céu não são mais os preferidos,

O inferno não causa mais medo,

E os anjos continuam caídos...

Acreditei na verdade, mesmo relutante,

E na dúvida do que acreditar,

Apresentou-se uma verdade mutante,

Que anda, que corre, que não quer parar...

Onde verdadeiramente estou?

Tenho a distante pretensão de ser entendido,

Porque, se não sei quem sou,

Então, que se dane! não quero ser compreendido...